Parte Primeira – Capítulo 4
Princípio vital
73. O instinto é independente da inteligência ? (1)
– Não, precisamente, mas ele é uma espécie de inteligência. O instinto é uma inteligência não-racional. É por meio dele que todos os seres provêm as suas necessidades.
74. Pode-se assinalar um limite entre o instinto e a inteligência, ou seja, perceber onde um acaba e a outra começa ?
– Não, porque freqüentemente se confundem. Mas pode-se muito bem distinguir os atos do instinto dos da inteligência.
75. É exato dizer que os dons instintivos diminuem à medida que aumentam os intelectuais ?
– Não; o instinto sempre existe, mas o homem o despreza. O instinto também pode conduzir ao bem. Ele nos guia, quase sempre, mais seguramente do que a razão. Nunca se engana.
75.a. Por que a razão não é sempre um guia infalível ?
– Ela seria infalível se não fosse falseada pela má educação, pelo orgulho e pelo egoísmo. O instinto não raciocina; a razão permite a escolha e dá ao homem o livre-arbítrio.
" O instinto é uma inteligência rudimentar em que as manifestações são quase sempre espontâneas, e difere da inteligência propriamente dita, cujas manifestações expressam uma avaliação de um ato deliberado que sofreu exame interior.
O instinto varia em suas manifestações quanto às espécies e às suas necessidades. Entre os seres que têm a consciência e a percepção das coisas exteriores, ele se alia à inteligência, quer dizer, à vontade e à liberdade. "
(1) As perguntas feitas aos Espíritos estão em letras normais e as repostas destes estão em grifo. As notas de Allan Kardec estão entre aspas.
Perguntas e respostas extraídas do Livro dos Espíritos (Allan Kardec)
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