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14 de abr. de 2014

407 a 410 - Da emancipação da alma - sono e os sonhos

O Livro dos Espíritos

Parte Segunda – Capítulo 8

Da emancipação da alma

sono e os sonhos
407. O sono completo é necessário para a emancipação do Espírito? (1)

– Não;   o Espírito recobra sua liberdade quando os sentidos se entorpecem. Ele se aproveita, para se emancipar, de todos os momentos de repouso que o corpo lhe concede. Desde que haja debilidade das forças vitais, o Espírito se desprende, e quanto mais fraco estiver o corpo, mais livre ele estará.
" É assim que a sonolência, ou um simples entorpecimento dos sentidos, apresenta muitas vezes as mesmas imagens do sono."

408. Parece-nos ouvir, algumas vezes em nós, palavras pronunciadas distintamente e que não têm nenhuma relação com o que nos preocupa; de onde vem isso?

– Sim, pode acontecer até mesmo ouvirdes frases inteiras, principalmente quando os sentidos começam a se entorpecer. É algumas vezes um eco fraco de um Espírito que deseja se comunicar.

409. Muitas vezes, num estado que ainda não é a sonolência, quando temos os olhos fechados, vemos imagens distintas, figuras das quais observamos os mais minuciosos detalhes; é um efeito de visão ou de imaginação?

–  O corpo, estando entorpecido, faz com que o Espírito procure libertar-se de suas amarras. Ele se transporta e vê. Se o sono fosse completo, seria um sonho.

410. Têm-se, algumas vezes durante o sono ou a sonolência, idéias que parecem ser muito boas e, apesar dos esforços para se lembrar delas, apagam-se da memória: de onde vêm essas idéias?

– São o resultado da liberdade do Espírito que se emancipa e desfruta de maneira completa de todas as suas faculdades durante esse momento.  São freqüentemente também conselhos que outros Espíritos dão.

410.a. Para que servem essas idéias e conselhos, já que se perdem na lembrança e não se podem aproveitar?

– Essas idéias  pertencem, algumas vezes, mais ao mundo dos Espíritos do que ao corporal; mas, com mais freqüência, se o corpo esquece, o Espírito lembra, e a idéia revive na ocasião oportuna como uma inspiração de momento.

(1) As perguntas feitas aos Espíritos estão em letras normais e as repostas destes estão em grifo. As notas de Allan Kardec estão entre aspas.

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