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1 de jan. de 2014

386 a 391 - Simpatias e antipatias terrenas - O Livro dos Espíritos

O Livro dos Espíritos

Parte Segunda – Capítulo 7

Retorno à vida corporal

Simpatias e antipatias terrenas

386. Dois seres que se conhecem e se amam podem se encontrar em outra existência corporal e se reconhecer? (1)

– Reconhecer-se, não; mas podem sentir-se atraídos um pelo outro. Freqüentemente, as ligações íntimas fundadas numa afeição sincera não têm outra causa. Dois seres aproximam-se um do outro por conseqüências casuais em aparência, mas que são de fato a atração de dois Espíritos que se procuram na multidão.

386.a Não seria mais agradável para eles se reconhecerem?
– Nem sempre; a lembrança das existências passadas teria inconvenientes maiores do que podeis imaginar. Após a morte, se reconhecerão, saberão o tempo que passaram juntos. (Veja, nesta obra, a questão 392.)

387. A simpatia vem sempre de um conhecimento anterior?
– Não. Dois Espíritos que se compreendem procuram-se naturalmente, sem que necessariamente se tenham conhecido em encarnações passadas.

388. Os encontros que ocorrem, algumas vezes, e que se atribuem ao acaso não serão o efeito de uma certa relação de simpatia?
– Há entre os seres pensantes laços que ainda não conheceisO magnetismo é que dirige essa ciência, que compreendereis melhor mais tarde.

389. De onde vem a repulsa instintiva que se tem por certas pessoas, à primeira vista?
– Espíritos antipáticos que se adivinham e se reconhecem sem se falar.

390. A antipatia instintiva é sempre um sinal de natureza má?
– Dois Espíritos não são necessariamente maus por não serem simpáticos um para com o outro. A antipatia pode se originar da diferença no modo de pensar. Mas, à medida que se elevam, as divergências se apagam e a antipatia desaparece.

391. A antipatia entre duas pessoas se manifesta primeiro naquela cujo Espírito é pior ou melhor?
– Tanto em um quanto no outro, mas as causas e os efeitos são diferentes. Um Espírito mau tem antipatia contra qualquer pessoa que possa julgá-lo e desmascará-lo. Ao ver uma pessoa pela primeira vez, sabe que vai ser desaprovado; seu afastamento dessa pessoa se transforma em ódio, em ciúme, e lhe inspira o desejo de fazer o mal. O Espírito bom sente repulsa pelo mau porque sabe que não será compreendido e não partilharão dos mesmos sentimentos, mas, seguro de sua superioridade, não tem contra o outro ódio ou ciúme, contenta-se em evitá-lo e lastimá-lo.


(1) As perguntas feitas aos Espíritos estão em letras normais e as repostas destes estão em grifo. As notas de Allan Kardec estão entre aspas.

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