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8 de jan. de 2011

Jesus, o impostor, ou Jesus, o Nazareno?

Por: Jarbas Lemos

As sanguessugas das consciências humanas adoram Jesus, “o impostor”. O vale tudo para vendê-lo é lei divina incomparável, inquestionável e absoluta. Não há autoridade humana que não se curva diante de sua vaidade.
Nós só podemos aplaudir e reverenciar o que é semelhante a nós, o que nos agrada. Então, brindemos a farra dos enganos do ‘’Jesus morto’’ desses indivíduos covardes corruptos mentirosos.
Quanto mais alienado for o homem, mais fácil é e será a manipulação da sua consciência. E dessa forma, cresce em bandidagem espantosa a família dos manipuladores das consciências humanas.
De tempos em tempos, muda a face do “Jesus enganador”. Mas, o seu objetivo é o mesmo, alienar as consciências.
O Jesus dos tempos modernos, da globalização e da bestialização nunca perde a pompa, a pose e nem muito menos a sede por dinheiro e riquezas como o Jesus de outrora. Só que o Jesus de agora é um Jesus mais “light’’, mais “diet’’, mais afinado com a nova realidade e mais completo em astuticie e artimanhas.
O Jesus de hoje para angariar devotos, bajuladores e seguidores, entrou na avenida das festas e dos shows. O que vemos a olhos nus é um Jesus em completo frenesi, um Jesus delirante, pulante, dançante num desvario sem proporções e descaradamente cínico no seu propósito mercantilista capitalista de angariar recursos para o seu baú sempre aberto a novas gemas de ouro.
As consciências que se deixam cativar pelo Jesus show, pelo Jesus espetáculo, são na maioria das vezes, consciências vazias, ocas, frívolas e medíocres.
A vitalidade dessas mentes funciona de acordo com a pequenez de sua inteligência. As suas esperanças repousam em alguém de conformidade com as suas conveniências, com os seus vícios. E para tanto, nada mais agradável do que o “Jesus animador de auditório”.
Só uma pequena parcela dessas consciências acompanha esse “ardiloso Jesus” por puro desconhecimento do “Jesus autêntico”.
O curral desse alienador é agradável a esses espíritos, por que esses espíritos são semelhantes a esse senhor.
Alguém, em sã consciência, consegue imaginar Jesus sobre o monte, dançando, pulando, saltitando, bailando, fazendo coreografias no afã alucinante de ensinar o povo o sermão da montanha?
Os cérebros que adoram Jesus, “o impostor”, são verdadeiros abutres que não dispensam os folhetins arbitrários da corrupção, das mentiras solenes, das vaidades escabrosas, ou do pecúlio ilícito forjados em suas mentes maquiavélicas e de vilania sem medidas.
O Jesus dessas consciências, se arvora incansavelmente na busca de moedas, fama, aplausos e poder. E com isso, propõem a todos que o queiram seguir, um cantinho próspero que parece ser de ar primaveril, onde tudo é ouro, festas e diamantes. A prosperidade é o seu verdadeiro reino.
Não existe na terra homem mais rico, mais vaidoso, mais afamado e de maiores posses do que o “falso Jesus”. Ele é o maior latifundiário desse planeta.
Querem o céu mafioso do “Jesus moeda”? Favor depositar a décima parte do teu salário nas arcas de nossos templos. É o dízimo que abrirá as portas do paraíso para todos vocês! Jesus agradece.
Éh! Tem Jesus para todos os gostos e desejos, para todos os sabores, humores e valores. A escolha é sua.
O Jesus dos farsantes e dos mascarados, o Jesus dos pústulas, dos pusilânimes e dos palhaços, é esse Jesus que a maioria de vocês aplaudem, reverenciam, concordam e conhecem. Então, siga o Jesus cego, o Jesus sem cérebro, o Jesus que é semelhante a vocês. O Jesus que não pensa. Jesus mais uma vez, fica-lhes muito grato. Obrigado! Muito obrigado!
Os modernos “fariseus” não se cansam de faturar na venda de sua principal mercadoria. O segredo do sucesso é vender com ousadia e bom tom o “Jesus moeda.” A final, mesmo diante de gravíssima turbulência econômica, essa mercadoria continuará sempre em alta.
O espaço do “Jesus gatuno”, estará sempre assegurado pelos mercadores das bolsas indigestas dos cofres abarrotados das instituições religiosas.
O encanto desse “Jesus infame” é aterrador. Sedutor como deve ser todo e qualquer individuo que deseja se dá bem na vida, ele não encontra escrúpulos para levar adiante o seu objetivo.
A sua arma é o mercado das consciências fracas e sem fortaleza de ânimo para resistir as suas propostas atrativas e de alienante fascinação.
E quem quer que se volte contra esse senhor, contra esse “abjeto Jesus”, ele rapidamente amaldiçoa, excomunga, condena ao fogo eterno e diz que está obsidiado a consciência que ousou não participar da dança louca dos seus adeptos seguidores e sequazes guardiões.
Duas condutas de comportamentos bem diferentes entre os dois Jesus; um é ardilosamente obcecado pelo modo TER. Tudo quanto possa existir como instrumento de mercado e troca, é maravilhosamente aceito na casa do “Jesus metal”. Suas mãos sempre bem direcionadas para o capital comprovam a fina habilidade de sua esperteza para a conquista do “mercado financeiro”.
O outro é um Jesus modesto, rico em inteligência e afinado com a verdade. De um caráter irrepreensível e de vivência esmeradamente idealista sem vínculos com hipocrisias e farsas.
Suas palavras sempre firmes, não permitia espaço para talvez, quem sabe, e dúvidas que frequentemente são comuns entre os seres humanos. Seu verbo era de uma retidão e fortaleza sem precedentes. Direto nas afirmativas e negativas (seja a palavra sempre sim, sim e não, não). Não existia meio termo.
O universo de sua vida foi sempre a verdade. Jamais cogitou riquezas, moedas, terras, brilhantes ou qualquer outro tipo de bens terrenos.
O seu reino, não era o reino da posse, não era o reino da vaidade, não era o reino da mentira. Seu reino era o reino do ideal.
De personalidade austera, serena e contemplativa conquistava as consciências humanas devido à sinceridade de suas palavras e do exemplo que vivifica.
Por ser atuante, e ser homem de ação, não esperava as coisas acontecerem, lutava arduamente para que o gérmen da “boa nova”, o gérmen dos seus ensinos pudessem frutificar nas consciências dos homens.
Seu erro maior foi permanecer fiel ao seu ideal. Foi não se adequar a insanidade, a desonestidade, a imbecilidade e ao desvario da turba louca e dos poderosos da época.
Por ser um idealista, por ser um revolucionário do amor e da paz, terminou os seus dias de vida como todo idealista: pobre, injustiçado, preso, vilipendiado, amordaçado, ultrajado, crucificado e morto.
Esse é o “Jesus real”! Esse Jesus viveu como todo idealista! Viveu segundo o modo SER.
Até hoje, não o compreendemos.
Os idealistas são seres humanos incomuns, servem de pontes para a humanidade. Quem veste a indumentária do idealismo e a deixa de lado, é porque na realidade nunca foi idealista, só usava a máscara. A máscara cai, a farsa mostra a sua face.
Caso Jesus, o nazareno, seja o mesmo Jesus, o mafioso e impostor, e isso é do agrado e da vontade de Deus, e esse Deus zela amorosamente pela negociata espúria e por tudo que seja sórdido, imundo, vil e injusto, práticas nebulosas das religiões cristãs, então, esse Deus e esse Jesus são víboras que se servem do mesmo prato podre dos vermes. Por isso, o vomitar e o cuspir sobre Eles, são os elogios de reverência que todo cérebro que saiba pensar, deve fazer a suja autoridade que ostentam. Assim seja!


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